Voltar

PERFIL DA FILOSOFÍA NA AMÉRICA LATINA

Pode-se estabelecer uma periodização que abarque os principais momentos da evolução das ideias filosóficas na América Latina, se atendermos ao critério formulado por Miguel Reale (1910-2006) e Antônio Paim (1927-2021), que consiste em reconhecer que a criação filosófica decorre, na modernidade, mais da discussão de problemas que da formulação de perspectivas ou da construção de sistemas.

Efetivamente, a meditação filosófica na América Latina obedeceu à discussão de determinados problemas, que dominaram ao longo dos seguintes períodos: 1 – O colonial; 2 – O da independência das metrópoles europeias (até 1830, aproximadamente); 3 – O da consolidação das instituições republicanas (na América espanhola) ou imperiais e ulteriormente republicanas (no Brasil), até fins do século XIX; 4 – O correspondente ao século XX.

1 – Período colonial.

Estende-se de 1492, data da descoberta da América, até fins do século XVIII. Nele, a problemática filosófica marcante, na meditação latino-americana, corresponde ao chamado por Luís Washington Vita (1921-1968) “saber de salvação”, que consiste na formulação de uma antropologia e de uma ética à luz da perspectiva transcendente, concebida no contexto dogmático da Segunda Escolástica espanhola e portuguesa, pautada cartorialmente pela “Ratio Studiorum” dos jesuítas (1598) que, no sentir de Fidelino de Figueiredo (1888-1967), constituiu uma autêntica ”alfândega cultural” sobre o mundo ibero-americano. Representantes desse período foram, no contexto brasileiro, Nuno Marques Pereira (1652-1728), autor no século XVIII do Compêndio narrativo do peregrino da América e do lado hispano-americano o frade Alonso de la Vera Cruz (1507-1584), que estudou nas Universidades Complutense e de Salamanca, tendo publicado, em meados do século XVI (entre 1554 e 1557), na Real e Pontifícia Universidade do México (criada em 1551), o primeiro Tratado de filosofia na América, que constava de três partes: Recognitio summularum, Dialectica resolutio e Physica speculatio. Outros autores hispano-americanos de nomeada no século XVI foram os padres Bartolomeu de Ledesma, Pedro Ortigosa, Antonio Rubio, Antonio Arias, Alfonso Guerrero, Jerónimo de Escobar, Juan Martínez de Ribalda, etc., que no ensino universitário desenvolveram, no México e na Nova Granada, as teses fundamentais da Segunda Escolástica.

Ponto central da meditação filosófica do período era a justificativa de evangelização dos indígenas, no contexto da mais ampla ação de conquista desfraldada pelos impérios espanhol e português. Isso não impediu, no entanto, que críticas fossem endereçadas pelos pensadores do período à cupidez dos conquistadores, que contrariava o direito consuetudinário castelhano e as Leis das Índias, merecendo serem lembrados aqui as dos sermões do Padre Antônio Vieira (1608-1697) e nos escritos do Padre Bartolomeu de Las Casas (1484-1566).

2 – Período correspondente à Independência.

Um problema básico é o correspondente à fundamentação das lutas em prol da libertação das antigas metrópoles. Três fontes teóricas passaram a inspirar a meditação latino-americana do período no terreno político: a Segunda Escolástica, que, no tocante à discussão dos fundamentos da soberania popular, alicerçava-se na obra De legibus ac de Deo legislatore (1613), do jesuíta espanhol Francisco Suárez (1548-1617), em segundo lugar, o democratismo formulado nas obras de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), A origem da desigualdade entre os homens (1753) e Do contrato social (1762) que inspiraram amplamente a Revolução Francesa e, por último, a teoria do governo representativo tematizado por John Locke (1632-1704) no seu Segundo Tratado sobre o governo civil (1689) e pelos ideólogos anglo-americanos autores de O Federalista (1787).

Os prolegómenos das lutas da independência na América espanhola foram inspirados, em boa medida, pela meditação da Segunda Escolástica; não há dúvidas quanto à inspiração em Suárez, por exemplo, dos conjurados hispano-americanos no final do século XVIII, bem como dos precursores da independência neogranadina Camilo Torres Tenorio (1766-1816) e Antonio Nariño (1765-1823).

Já os processos de independência foram inspirados no democratismo rousseauniano, que constitui o cerne do pensamento político de Simón Rodríguez (1769-1854) e do seu discípulo, o libertador Simón Bolívar (1783-1930), bem como dos liberais radicais brasileiros Frei Caneca (1779-1825) e Cipriano Barata (1762-1838), ou na teoria lockeana do governo representativo, que animou o general colombiano Francisco de Paula Santander (1792-1840) e, principalmente, o grande teórico luso-brasileiro Silvestre Pinheiro Ferreira, formulador as bases teóricas em que repousaria a prática parlamentar do Império brasileiro, na sua obra Manual do cidadão num governo representativo (1834), influenciado pelo tratado Princípios de política de Benjamin Constant de Rebecque, o precursor dos doutrinários franceses, através dos quais as ideias políticas de Locke entraram no panorama cultural ibérico.

A discussão das bases teóricas da libertação das metrópoles espanhola e portuguesa abrangeu, no caso brasileiro, significativo trabalho teórico, em que estava presente uma metafísica formulada em bases modernas, aberta à ideia de sistema, como é o caso das Preleções filosóficas de Silvestre Pinheiro Ferreira (1769-1846), que datam de 1813. A filosofia deste autor permitiu a superação do cientificismo embutido no empirismo mitigado, que constituiu a filosofia imperante em Portugal no ciclo pombalino e no Brasil dos primórdios do século XIX. Na América espanhola, o que prevaleceu no período foi a difusão do utilitarismo de Jeremy Bentham (1748-1832), bem como da filosofia "da ideologia" do pensador francês Destutt de Tracy (1754-1836), tendências que junto com a teoria do empirismo radical denominada de "sensualismo", do abade Etienne Bonnot de Condillac (1714-1780), foram adotadas como texto oficial em Santa Fe de Bogotá, a partir de 1825.

3 – Período de consolidação das instituições. 

Entre 1830 e o fim do século XIX formularam-se filosofias que permitiram a consolidação das novas instituições. No Brasil, as principais contribuições foram as de Domingos Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e Eduardo Ferreira França (1809-1857), que, alicerçados no ecletismo espiritualista dos filósofos franceses Maine de Biran (1766-1824) e Victor Cousin (1792-1867), deitaram as bases antropológicas para justificar o exercício da liberdade e fundamentar a ideia de Nação, no Segundo Reinado (1841-1889).

No contexto hispano-americano, as instituições consolidaram-se ao ensejo da discussão da filosofia liberal, em contraposição ao democratismo rousseauniano e ao tradicionalismo. Liberais "Radicais" como Ezequiel Rojas (1804-1873) contrapõem-se, na Nova Granada, por exemplo, e Liberais "Moderados" como José Maria Samper (1828-1888) ou tradicionalistas recalcitrantes como Sergio Arboleda (1822-1888). Ao contrário do que aconteceu na América portuguesa, a América espanhola não conseguiu formular uma filosofia que inspirasse a prática da representação e que permitisse dar estabilidade às novas repúblicas, que se esfacelaram em guerras civis sem fim. Desenvolveu-se polêmica discussão em torno do binômio herança ibérica/atraso, bem semelhante à efetivada em Portugal pela geração de 70 nas Conferências do Casino. Os principais autores que tomaram parte nessa polêmica foram os chilenos Esteban Echeverría (1805-1851), José Victorino Lastarria (1817-1888) e Francisco Bilbao (1823-1865) e os argentinos Domingo Faustino Sarmiento (1811-1888) e Juan Bautista Alberdi (1810-1884).

Mas seria o positivismo, tanto no Brasil republicano (a partir de 1889), quanto na América espanhola, a filosofia que inspirou a síntese filosófica que deu alicerce às instituições, a partir de 1870. Os principais teóricos dessa corrente foram, na Argentina, José Alfredo Ferreira (1862-1938) e José Ingenieros (1877-1925); em Cuba, Enrique José Varona (1849-1933); no Brasil,  Miguel Lemos (1854-1917), Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927), Luís Pereira Barreto (1840-1923), Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836-1891), Júlio de Castilhos (1860-1903); no México, Gabino Barreda (1818-1881) e Porfirio Díaz (1830-1915); no Peru, Manuel González Prada (1844-1918); na Venezuela, Lisando Alvarado (1858-1929) e Samuel Darío Maldonado (1870-1925); no Chile, os irmãos Lagarrigue: Jorge (1854-1894),  Juan Enrique (1852-1927) e Luis ((1864-1949) e na Colômbia, Rafael Núñez (1825-1894). Em geral, a versão do positivismo que prevaleceu na América Latina foi uma heterodoxa mistura entre caudilhismo e comtismo, de que são manifestações claras o castilhismo gaúcho e o porfirismo mexicano.

 O fim do século XIX conheceu importante reação ao positivismo em vários países: assim, encontramos as contribuições de Tobias Barreto (1839-1889) e Sílvio Romero (1851-1914) fundadores, no Brasil, da Escola do Recife; na Argentina, Coriolano Alberini (1886-1960) e Alejandro Korn (1860-1936); no México,  José Vasconcelos (1882-1959); no Peru, Alejandro Octavio Deustua (1849-1945). Em geral, essas reações criticam no positivismo o seu conteúdo cientificista, bem como a feição caudilhista dos regimes surgidos à sua sombra.

4 – Período correspondente ao século XX. 

Muito variadas são as correntes desenvolvidas pelos pensadores latino-americanos no século XX. Mais que mencioná-las exaustivamente (o que seria impossível aqui), podemos fazer referência a alguns autores, bem como a alguns dos principais problemas discutidos. A questão da fundamentação do conhecimento e da liberdade numa perspectiva transcendental, herdeira do criticismo kantiano, tarefa de que se desincumbiu a escola do Recife no final do século XIX, deu ensejo, na contemporaneidade, à meditação da corrente culturalista, cujos mais importantes expoentes são os pensadores brasileiros Miguel Reale (1910-2006), Antônio Paim (1927-2021) e Djacir Menezes (1907-1996).

No contexto da discussão acerca dos fundamentos da pessoa, podemos destacar a contribuição dada pelo pensador argentino Francisco Romero (1891-1962), que, tributário do vitalismo de Dilthey (1833-1911) e da axiologia de Scheler (1874-1928), define a pessoa como “absoluta transcendência”. Numa posição próxima ao culturalismo de Miguel Reale, o pensador argentino Carlos Cossío (1903-1987) é uma das principais figuras hispano-americanas no terreno da Filosofia do Direito, especialidade em que é notável, outrossim, o mexicano Luis Recaséns Siches (1903-1977). Outros pensadores de nomeada são os argentinos Risieri Frondizi (1910-1985), Angel Vasallo (1902-1978), Alberto Rougès (1880-1945), Carlos Astrada (1894-1970), Rafael Virasoro (1906-1984), Eugenio Pucciarelli (1907-1995), etc.

No tocante à fundamentação da ideia de pessoa numa perspectiva neotomista, podemos mencionar os argentinos Octavio Nicolás Derisi (1907-2002), Juan Sepich (1906-1979) e Emílio Gourian; os brasileiros Jackson de Figueiredo (1891-1928) e Tristão de Athayde, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima(1893-1983), o chileno Clarence Finlayson (1913-1954) e os colombianos Rafael María Carrasquilla (1857-1930), Manuel José Sierra (1885-1941), José Vicente Castro Silva (1885-1968) e Félix Henao Botero (1899-1975).

No terreno do neopositivismo sobressaem no Brasil as figuras de Francisco Pontes de Miranda (1892-1979) e Leônidas Hegenberg (1925-2012). Filosofias espiritualistas são formuladas pelo brasileiro Farias Brito (1862-1917) e pelo colombiano Luis López de Mesa (1884-1967). O existencialismo heideggeriano inspira, outrossim, a perspectiva hermenêutica do pensador português Eudoro de Souza (1911-1987), do brasileiro Vicente Ferreira da Silva (1916-1963), do peruano Wagner de Reyna (1915-2006) e do colombiano Carlos Bernardo Gutiérrez (1938-).

Os mais importantes historiadores contemporâneos das ideias são, a nível nacional, os brasileiros Antônio Paim, Luis Washington Vita, Miguel Reale, Armando Correia Pacheco (1915-2001) e João Cruz Costa (1904-1978); os argentinos Juan Carlos Torchía Estrada (1927-2016) e Arturo Andrés Roig (1922-2012); os mexicanos José Gaos (1900-1969), Leopoldo Zea (1912-2004) e Antonio Ibargüengoitia Chico (1921-2004); o uruguaio Arturo Ardao (1912-2003); o boliviano Guillermo Francovich (1901-1990); os peruanos Augusto Salazar Bondy (1925-1974) e Francisco Miró Quesada (1918-2019); o equatoriano Francisco Olmedo Llorente (1940-); os venezuelanos Ernesto Mays Vallenilla (1925-2015) e Angel J. Capelletti (1927-1995) e os colombianos René Uribe Ferrer (1918-1984), Cayetano Betancur (1910-1982) e Jaime Jaramillo Uribe (1917-2015). Faltam, no entanto, estudos abrangentes sobre a história do pensamento filosófico na América Latina.

BIBLIOGRAFIA

AMOROSO L. A. [1955]. Pelo humanismo ameaçado. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

ARCINIEGAS, G. [1959]. América mágica. Buenos Aires: Sudamericana.

ARDAO, A. [1968]. Filosofía en lengua española. Montevideo: Alfa.

ARDAO, A. [1978]. Estudios latinoamericanos de historia de las ideas. Caracas: Monte Avila.

ARDAO, A. et alii [1983]. Francisco Romero, maestro de la filosofía latinoamericana. Caracas: Sociedad Interamericana de Filosofía.

BARRETTO, V. [1972]. A ideologia liberal no processo de independência do Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados.

BARROSO, M. A. [2016]. Benjamin Constant de Rebecque: um pensador entre o Iluminismo e o Romantismo. (Prefácio de Ricardo Vélez Rodríguez). Curitiba: Appris.

BARROS, R. S. [1971]. Introdução à filosofia liberal. São Paulo: Grijalbo / Edusp.

BARROS, R. S. [1990]. O fenômeno totalitário. Belo Horizonte: Itatiaia / São Paulo: Edusp.

BASAVE, A. [1958]. La filosofía de José Vasconcelos. Madrid: Cultura Hispánica.

BELAVAL, Y. (Organizador). [1984]. Las Filosofías Nacionales, siglos XIX-XX. 3ª. Edição em espanhol. (Tradução do francês de J. M. Marinas e E. Bustos). Bogotá: Siglo XXI.

BEZERRA, A. [1936]. Achegas à história da filosofia. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional.

CARVALHO, J. M. [2000]. Curso de introdução à filosofia brasileira. Londrina: UEL / CEFIL.

CASO, A. [1974]. “Consciencia y libertad”. In: La persona humana y el Estado totalitario. El peligro del hombre. México: UNAM.

CASSANI, A. G. [1990]. Reflexiones y discernimientos sobre la unificación política de la nación latinoamericana. Córdoba: Edição do Autor.

CÉSAR, C. Marcondes. [1988]. Filosofia na América Latina. São Paulo: Paulinas.

CORRÊA, A. E. [1997]. A ingerência militar na República e o Positivismo. (Prefácio de R. Vélez Rodríguez). Rio de Janeiro: Expressão e Cultura. Coleção “Sociedade Livre”.

CRIPPA, A. [1978]. (Org.). As ideias filosóficas no Brasil. São Paulo: Convívio, 3 vol.

DUSSEL, E. [1980]. Filosofia da libertação na América Latina. São Paulo: Loyola / Piracicaba: UNIMEP.

FERRANDIS, M. [1933]. El mito del oro en la conquista de América. Madrid: Talleres Gráficos Cuesta.

FERRATER Mora. J. [1984]. Diccionario de filosofía. 5ª edição. Madrid: Alianza Editorial.

FIGUEIREDO, F. de [1931]. As duas Espanhas. Lisboa: Guimarães.

GIUCCI, G. [1992]. La conquista de lo maravilloso: el Nuevo Mundo. Montevideo: Ediciones de Juan Darién.

GÓMEZ-MARTÍNEZ, J. L. [1986-2013]. Proyecto Ensayo Hispánico. 5 volumes. Athens-USA: University of Georgia. www.ensayistas.org

GONZÁLEZ, F. [1986]. “Filosofía colombiana?”. In: MARQUÍNEZ Argote, G. (org.). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho, p. 75-76.

GUTIÉRREZ, C. B. [1983]. “Verdad y método”. Cuadernos de Filosofía y Letras. Bogotá, IV, nº 1-2: pp. 25-30.

HARTMANN, N. [1989]. Autoexposición sistemática. (Estudio preliminar de C. Míguez, trad. ao espanhol de B. Navarro). Madrid: Tecnos.

HEGEL, G.W. [1980]. Introdução à História da Filosofia. 4ª. Edição em português. (Tradução de A. P. de Carvalho. Prefácio de J. de Carvalho). Coimbra: Armênio Amado Editor.

HENRÍQUEZ U., P. [1947]. Historia de la cultura en la América hispánica. México: Fondo de Cultura Económica.

HOLANDA, S. Buarque de. [1989]. Raízes do Brasil. 21ª edição. Rio de Janeiro: José Olympio.

IBARGÜENGOITIA Chico, A. [1980]. Suma filosófica mexicana. México: Porrúa.

JASPERS, K. [1980]. Introdução ao pensamento filosófico. (Trad. de L. Hegenberg e O. S. Motta). 4ª ed., São Paulo: Cultrix.

KORN, A. [1940]. Obras. La Plata: Universidad Nacional de La Plata.

KORN, A. [1986]. “Filosofía argentina?” In: MARQUÍNEZ Argote, G. (organizador). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho, pp. 29-48.

KOURIM, Z. [1976]. “Dos emancipadores de la filosofía en México: Caso y Vasconcelos”. Humanitas, Universidad Autónoma de Nuevo León, nº 17: pp. 139-160.

KOURIM, Z. [1997]. “La obra filosófica de Miguel Reale, impulsora de la emancipación intelectual de Brasil”. In: Revista Brasileira de Filosofia. São Paulo, v. 44, nº 188, pp. 425-451.

KRAUZE, E. [2013]. O poder e o delírio. (Tradução do espanhol de L. R. Gil). São Paulo: Benvirá.

LAFAYE, J. [1974]. Quetzalcóatl et Guadalupe. Paris: Gallimard.

LECUMBERRY, B. [2012]. La revolución sentimental – Viaje periodístico por la Venezuela de Chávez. (Prólogo de C. Marcano). Caracas: Punto Cero.

MARQUÍNEZ Argote, G. (editor, et alii). [1985]. La filosofia em Colombia – Bibliografía del siglo XX. Bogotá: Editora da Universidad Santo Tomás.

MICHAEL, C. D. (Organizador). [2012]. Profetas del pasado – Quince voces de la historiografia sobre México. México: Ediciones Era / Universidad Autónoma de Nuevo León.

MONDOLFO, R. [1969]. Problemas e métodos de investigação na história da filosofia. (Trad. ao português de L. Reale F.). São Paulo: Mestre Jou.

MACEDO, U. [1978]. Metamorfoses da liberdade. São Paulo: Ibrasa / Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Material Escolar.

MARIÁTEGUI, J. C. [1978]. Obras completas. 5ª edição. Lima: Amauta, vol. 12.

MARIÁTEGUI, J. C. [1986]. “Existe un pensamiento hispanoamericano?” In: MARQUÍNEZ Argote, G. (org.). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho, pp. 60-65.

MARQUÍNEZ Argote, G. [1986]. (Org.). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho.

MARQUÍNEZ Argote, G. [1988]. (Org.). La filosofía en Colombia: Historia de las ideas. Bogotá: El Buho.

MAYZ Vallenilla, E. [1959]. El problema de América. Caracas: Universidad Central de Venezuela.

MIRÓ Quesada., F. [1974]. Despertar y proyecto del filosofar latinoamericano. México: Fondo de Cultura Económica.

MORALES Benítez, O. [1988]. Propuestas para analizar la historia con criterios iberoamericanos. Bogotá: Tercer Mundo.

MORSE, R. [1982]. El espejo de Próspero. (Tradução do inglês de S. Mastrángelo). México: Siglo XXI.

PACHECO, A. Correia [1970]. Los “fundadores” de la filosofía latinoamericana. Washington: Organización de los Estados Americanos - OEA.

PADILHA, T. / VÉLEZ Rodríguez, R. [1998]. “La Philosophie au Brésil”. In: JACOB, A. (Organizador). Encyclopédie Philosophique Universelle – IV vol. Le discours philosophique. (Volume editado por J. F. MATTÉI). Paris: Presses Universitaires de France / Centre National des Lettres, pp. 388-403.

PAIM, A. [1981]. “Miguel Reale e a filosofia brasileira”. In: AZEVEDO, J. C. (org.). Miguel Reale na UnB. Brasília: Universidade de Brasília, pp. 91-100.

PAIM, A. [1984]. História das ideias filosóficas no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Convívio / Brasília: Instituto Nacional do Livro – Fundação Nacional Pró-Memória.

PAIM, A. [1986]. O estudo do pensamento filosófico brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Convívio.

PAIM, A. [1991]. A filosofia brasileira. (Edição organizada por A. Quadros). Lisboa: Ministério da Educação / ICALP. Coleção “Biblioteca Breve”.

PAIM, A. [2009]. Marxismo e descendência. Campinas: Vide Editorial.

PAZ, O. [1983]. El ogro filantrópico. 1ª edição. Barcelona: Seix Barral.

PAZ, O. [1984]. “La tradición liberal” (Discurso pronunciado em Alcalá de Henares, ao receber o Prêmio Cervantes, em 23 de abril de 1982). In: PAZ, O., Hombres en su siglo. Barcelona: Seix Barral.

PAZ, O. [1992]. El laberinto de la soledad. 3ª ed. México: Fondo de Cultura Económica.

PENNA, J. O. [1988]. O dinossauro. 1ª edição. São Paulo: T. A. Queiroz.

PROTA, L. [2000]. As filosofias nacionais e a questão da universalidade da filosofia. Londrina: UEL / CEFIL.

REALE, M. [1977]. Experiência e cultura. 1ª edição. São Paulo: Grijalbo / Edusp.

REALE, M. [1991]. “Paim (Antônio)”. In: R. CABRAL et alii (organizadores). Lógos – Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo, vol. 3, pp. 1305-1306.

ROMERO, F. [1952]. Sobre la filosofía en América. Buenos Aires: Raigal.

ROMERO, F. [1986]. “Sobre la filosofía en Iberoamérica”. In: G. MARQUÍNEZ Argote (org.). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho, pp. 66-74.

SALAZAR Bondy, A. [1968]. Existe una filosofía de nuestra América? México: Siglo XXI.

SAUERLAND, G. [1989]. “Una historia de la filosofía desde América Latina”. In: Cuadernos de Filosofía Latinoamericana. Nº 40, pp. 37-51.

SCANNONE, J. C. [1990]. Nuevo punto de partida en la filosofía latinoamericana. Buenos Aires: Guadalupe.

SOCIEDAD VENEZOLANA DE FILOSOFÍA [1979a]. La filosofía en América – Tomo I – La realidad latinoamericana como problema para el pensar filosófico. (Trabajos presentados en el IX Congreso Interamericano de Filosofía). Caracas: Sociedad Venezolana de Filosofía.

SOCIEDAD VENEZOLANA DE FILOSOFÍA [1979b]. La filosofía en América – Tomo II – Las tendencias actuales de la filosofía em el Continente Americano. (Trabajos presentados em el IX Congreso Interamericano de Filosofía). Caracas: Sociedad Interamericana de Filosofía.

TORCHÍA Estrada, J. C. [1961]. La filosofía en la Argentina. Washington: Unión Panamericana.

URIBE Ferrer, R. [1990]. Bazar: escritos filosóficos y literarios. 1ª edição. Medellín: Universidad Pontificia Bolivariana, 2 vol.

URIBE Ferrer, R. [2021]. Bazar: escritos de filosofía. 2ª edição. (Prólogo de R. Vélez Rodríguez). Medellín: Biblioteca Pública Piloto

VARGAS-LLOSA, M. [1996]. La utopia arcaica – José María Arguedas y las ficciones del indigenismo. México: Fondo de Cultura Económica.

VARIOS AUTORES [1967]. Fuentes de la filosofía latinoamericana. Washington: OEA.

VASCONCELOS, J. [1926]. Indología: una interpretación de la cultura iberoamericana. Barcelona: Ariel.

VASCONCELOS, J. [1986]. “El pensamiento iberoamericano”. In: G. MARQUÍNEZ. (org.). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho, pp. 49-59.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1978]. Liberalismo y conservatismo en América Latina. Bogotá: Tercer Mundo / Universidades Simón Bolívar, Libre de Pereira e de Medellín.

VÉLEZ Rodríguez, R. (Organizador). [1983]. Filosofia luso-brasileira. Rio de Janeiro: Universidade Gama Filho.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1984a]. ”Positivismo y realidade latino-americana”. Revista Universidad de Medellín. No. 42, enero-marzo., vol. I – julho-setembro.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1984b]. “Teologia da Libertação e ideologia soviética”. Communio – Revista Internacional Católica de Cultura. Rio de Janeiro. Ano III, n. 14, mar. – abr., pp. 104-153.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1987]. “Politischer Messianismus und Theologie der Befreiung”. In: R. HOFFMANN (org.). Gottesreich und Revolution. Münster: Verlag Regensberg, pp. 57-73.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1989]. “América Latina”. In. CABRAL, R., et alii (organizadores). Lógos – Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia. Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo, vol. I, p. 207-212.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1993a]. “Iberoamerika jako Celisvost”. In: Filosofický Casopis. Praga, 41, n. 1, pp. 59-71.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1993b]. “La historia del pensamiento filosófico brasileño (siglo XX): problemas y corrientes”. In: Revista Interamericana de Bibliografía. Washington, 43, n. 1,, pp. 45-61.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1995a]. “Appunti sulla filosofia brasiliana del novecento”. (Versão italiana, do espanhol, de A. Iurilli). In: Paradigmi – Rivista di Critica Filosofica. Bari. Anno XIII, nº 37, gennaio / aprile 1995. Pp. 157-174.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1995b]. “Iberoamérica como totalidad”. Revista Universidad de Medellín. Nº 61, Outubro, (pp. 19-28).

VÉLEZ Rodríguez, R. [1996]. “A filosofia em Ibero-América”. Carta Mensal, Rio de Janeiro: vol. 41, no. 492, (março), pp. 19-48.

VÉLEZ Rodríguez, R. [1998]. “La filosofía en América Latina: originalidad y método”. In: Vigésimo Congreso Mundial de Filosofia. Boston, Massachussets: agosto de 1998.

VÉLEZ, Rodríguez, R. [2003]. “La Philosophie Contemporaine en Amérique Latine”. In: G. FLOISTAD (editor). Philosophy of Latin America. Dordrecht-Netherlands / Boston / London: Kluwer Academic Publishers. Pp. 89-113.

VÉLEZ Rodríguez, R. [2007]. Luz nas trevas – Ensaios sobre o Iluminismo. Guarapari-ES: Ex-Libris.

VÉLEZ Rodríguez, R. [2012]. Pensamento político brasileiro contemporâneo. (Apresentação de A. H. da Costa). Rio de Janeiro: Editora Revista Aeronáutica. Coleção “Ensaios”, no. 5.

VÉLEZ Rodríguez, R. [2021]. “Uribe Ferrer: un humanista”. In: URIBE Ferrer, René. Bazar: escritos de filosofía. 2ª edição. (Prólogo de R. Vélez Rodríguez). Medellín: Biblioteca Pública Piloto, pp. 19-75.

VITA, Luís Washington [1969]. Panorama da filosofia no Brasil. Porto Alegre: Globo.

ZEA, L. [1974]. La filosofía latinoamericana como filosofía sin más. 2ª edição. México: Siglo XXI.

ZEA, L. [1976]. El pensamiento latinoamericano. Barcelona: Ariel.

ZEA, L. [1986b]. “La historia de la filosofía latinoamericana”. In: G. MARQUÍNEZ Argote (org.). Qué es eso de filosofía latinoamericana? Bogotá: El Buho, p. 116-128.