Voltar

O PRÉ-CANDIDATO SÉRGIO MORO EM LONDRINA

O PRÉ-CANDIDATO SÉRGIO MORO EM LONDRINA

O PRÉ-CANDIDATO SÉRGIO MORO EM LONDRINA, DIANTE DE UMA PLATEIA DE MAIS DE 500 PESSOAS, A MAIORIA JOVENS, NO LANÇAMENTO DO SEU LIVRO "CONTRA O SISTEMA DA CORRUPÇÃO", NA NOITE DE 3 DE MARÇO, NO AUDITÓRIO DO COM TOUR

O pré-candidato à Presidência Sérgio Moro passou por Londrina, na quinta-feira 3 de março, reuniu-se com empresários, professores, funcionários públicos, profissionais liberais e dirigentes políticos, num almoço realizado no Hotel Crystal e, à noite, com a presença de mais de 500 pessoas, jovens na sua maioria, lançou, no auditório do Com Tour, o seu livro intitulado: Contra o sistema da corrupção (1ª edição. Rio de Janeiro: Primeira Pessoa, 2021, 287 páginas), que já tenho comentado em várias postagens deste blog.

Participei do almoço em homenagem ao Moro, a convite do meu amigo André Trindade, que coordena o grupo de “Apoiadores do Moro” no Paraná e que é candidato, pelo Podemos, à Assembleia Legislativa do estado. Estiveram presentes, entre outros políticos, os senadores (do Podemos), Alvaro Dias e Flávio Arns, bem como o ex-prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff (do mesmo partido), além de um grupo de aproximadamente 80 pessoas entre as quais se contavam vereadores, delegados da polícia civil e outros funcionários públicos, empresários, professores, alguns juízes e profissionais liberais.

Discursaram, entre outros, Moro, os senadores Alvaro Dias e Flávio Arns, bem como o ex-prefeito de Londrina Alexandre Kireeff. No final do almoço foi aberto espaço para outras pessoas se manifestarem. Dirigi, então, algumas palavras à concorrência, destacando por que apoio, a título pessoal, o nome de Sérgio Moro como pré-candidato à Presidência da República. Frisei que, para mim, Moro preenche as condições essenciais de um Candidato independente, representando a terceira via em face da indesejável polarização entre Lula e Bolsonaro.

As candidaturas destes apresentam o problema da folha corrida do atraso. Lula, vinculado à esquerda retardatária, que jogou o país nas águas lamacentas da corrupção generalizada. Bolsonaro, que perdeu o rumo entre a radicalização da direita tradicionalista e a preservação da velha política da corrupção vinculada a interesses familísticos, terminando refém da negociação orçamentária ensejada pela adesão ao chamado Centrão.

Moro, no meu entender, como deixa claro na obra mencionada, apresenta um compromisso explícito com a manutenção da luta contra a corrupção e o crime organizado, tendo deixado claro que não há negociação possível com essas duas alternativas. É necessário reagir “contra o sistema da corrupção”, mantendo incólumes as estruturas estatais que garantem esse combate, a fim de abrir espaço à formulação de políticas públicas que contemplem, de maneira prioritária, o bem-estar da sociedade, afastando o regime de privilégios e a manipulação do orçamento para satisfazer interesses puramente clientelísticos, que são contrários à vontade popular. Devemos reagir, frisou Moro, contra a desmoralização em que nos jogaram essas duas experiências falidas (a do petismo e a do bolsonarismo), a fim de ver reforçada a nossa democracia, com valorização da representação de interesses no Congresso, superando de vez a manipulação clientelística do orçamento para favorecer lideranças inescrupulosas e descuidando as reais necessidades dos brasileiros em saúde, segurança pública, educação e assistência social.

A novidade representada por Moro, frisei, situa-se em dois pontos: de um lado, na retomada decisiva do combate à corrupção e, de outro, na identificação dos passos programáticos que devem ser dados para garantir o saneamento do Estado, da economia, da educação e da política no nosso país, mediante um plano de reformas que garantam a segurança jurídica nas decisões do Judiciário e mediante as reformas necessárias para garantir uma melhor representação no Parlamento, nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores.

Termino este breve comentário repetindo as palavras de Moro naquela conferência por ele pronunciada na Universidade Notre Dame, no estado de Indiana (em maio de 2018) nos Estados Unidos, dirigidas aos formandos no curso de Direito, mas também endereçadas às novas gerações de brasileiros: “Para além da felicidade individual, é preciso voltar o coração e a mente para o bem-estar coletivo, para o rumo que se quer dar ao nosso país. Em que pesem os retrocessos recentes, avançamos como país. Corrupção, definitivamente, não é o destino natural do Brasil, mas apenas consequência da fraqueza institucional. Com vontade política, podemos nos dar a chance de ter um país melhor. O despertar do setor privado para a sua responsabilidade pela integridade, bem como a tendência internacional anticorrupção, permitem que tenhamos esperança de um futuro melhor. Não importa quantos anos se passem (....): a luta contra o sistema de corrupção nunca poderá prescindir dos bons combatentes, entre eles você” [Moro, Contra o sistema da corrupção, ob. cit., pp. 286-287].