LULA NA LAMA EM PERNAMBUCO
Em vídeo recente divulgado pelas mídias sociais, o ex-Ministro de Agricultura do governo Collor no início da década de 90, Antônio Cabrera, traçou um quadro bastante fiel do panorama do Brasil como país produtivo, sendo que esse qualificativo é um verdadeiro milagre, se levarmos em conta os dados do último Censo (de 2022), pois tudo conspira no nosso país contra a produção econômica.
O ex-Ministro lembrou alguns dados: somos 203 milhões de habitantes, dos quais 11,3 milhões de funcionários públicos e 56 milhões que recebem o bolsa família. 75 % do que é produzido vai para sustentar os funcionários públicos, os aposentados, os pensionistas e os beneficiários dos programas sociais.
No funcionalismo público há enormes disparidades em relação com o restante dos brasileiros. Os marajás do serviço público, pertencentes à cúpula do Judiciário e do Ministério Público, gozam de benefícios de que mais ninguém desfruta: eles têm 60 dias de férias por ano, mais 15 dias de recesso, enquanto o restante dos brasileiros somente gozam de 1 mês de férias. Os funcionários públicos, de outro lado, ganham aposentadoria equivalente a 100% do salário, enquanto para o restante dos brasileiros a aposentadoria não é paga nesse nível, sendo apenas proporcional ao tempo de serviço, sem chegar a se equiparar à remuneração mensal.
Lembrava o ex-Ministro que o País consome 22 bilhões de Reais por ano para manter 19 estatais improdutivas. Existem no Brasil 14 milhões de microempresários e 6 milhões de empresas. O montante arrecadado deles, mais o que é pago pelos 42 milhões de trabalhadores assalariados, financia os gastos do País.
Se levarmos em consideração o tamanho astronômico da nossa dívida pública, mais o que seria necessário investir em educação, infraestrutura, saúde pública e serviços em geral, não temos como pagar a conta.
Não há forma de sustentar tamanha falência, mantendo as coisas como estão. Na antiga União Soviética, essa situação era denominada de "O Lamaçal", algo que em Hispano-América os nossos vizinhos chamam de "La Embarrada" e que em bom português seria traduzido como "A Grande Merda" (com desculpas pela expressão malcheirosa).
A causa de tudo isso é conhecida: o velho estatismo travestido, no nosso Patrimonialismo de séculos, de pai dos pobres. A expressão hodierna dessa arcaica realidade é o Lulopetismo, que faz do partido totalitário estatizante "o novo Príncipe" (Gramsci) e que, com o golpe de estado de 2022, desferido pelo conluio de pseudo empresários punidos pela Lava-Jato, magistrados e políticos corruptos, aliados à velha burocracia orçamentívora, se consolidou como centro do poder. Só muita crítica e muita oposição da sociedade civil serão capazes de modificar esse estado de coisas.