
LULA, DURANTE O DEBATE, INCOMODADO COM A PROXIMIDADE DE BOLSONARO (FOTO: R. PIZZUTO - BAND).
Assisti ontem, pela Band, ao debate entre os dois candidatos à Presidência. Lula, como era de se esperar, mentiu o tempo todo. Proclamou-se como o maior líder democrático da História do Brasil, alegando que tirou da pobreza milhões de famintos, com os seus Programas Sociais, notadamente com o “Bolsa Família”. Não falou uma palavra sobre os seus malfeitos, que o guindaram à pesada fama de ser o maior larápio da história brasileira e que fizeram embicar a nossa economia, com um desemprego de milhões de pessoas que ficaram sem perspectiva de trabalho.
Bolsonaro, alcunhado de “genocida” em falas anteriores do Lula, foi acusado no debate de ser o “rei das fake news”. Defendeu-se mostrando o que vem fazendo nestes quatro anos de governo. Criticou Lula pelo fato de se apresentar como o maior estadista brasileiro, o que não é verdade. Lula, frisou Bolsonaro, caracterizou-se por ter roubado o Brasil. Nunca na história deste país alguém roubou, de maneira tão acintosa, o dinheiro público. Mais que um grande estadista, Lula, concluiu o candidato Bolsonaro, é a grande vergonha nacional.
Lula, definitivamente, perdeu a vergonha. Não se intimida em mentir o tempo todo, perante uma plateia nacional. Pode-se enganar muita gente durante algum tempo, com propaganda fraudulenta. Mas não se pode enganar todo mundo o tempo todo. Lula chegou ao ponto de não retorno em matéria de falta de credibilidade. Não consegue convencer ninguém.
O que realmente lamento é que a social-democracia brasileira tenha afundado junto com Lula. Alkmin e os tucanos acompanhando o ex-presidente larápio no palanque, suicida-se politicamente e leva consigo os tucanos. Lamentável. Porque a social-democracia ainda teria algo a dizer nestes tempos de crise, reconhecendo os seus erros e baixando o nariz empinado com que enfrentou o eleitorado ao longo desta insossa campanha.
Bolsonaro, na correria da campanha que se alastra penosamente com as chuvas extemporâneas desta primavera que não decola, faz o que pode, mostrando a falta de objetividade do seu adversário e pontuando as realizações feitas pelo seu governo no último quatriênio. Erros houve. Mas também houve correção de rumos e tentativas de reerguer a nossa combalida economia. Coisa que, convenhamos, o atual governo tem conseguido fazer. Não é o melhor dos mundos possíveis, mas é o que o governo, aliado ao Parlamento, conseguiu realizar, para minorar a penúria.
As urnas, no final do primeiro turno da eleição presidencial, deram o seu recado: a sociedade prestigiou, com seu voto, a composição de um Congresso mais conservador, alinhado com as pautas econômicas e sociais do governo e disposta a manter o combate à corrupção como uma das prioridades nacionais. Não de outro modo pode-se interpretar a expressiva eleição de Moro como senador, bem como a eleição dos ex-ministros do governo Bolsonaro que se candidataram para o Congresso. Novas figuras promissoras foram guindadas à representação parlamentar, como o jovem combativo Deltan Dallagnol e o mais jovem ainda deputado federal mineiro, Nikolas Ferreira. Houve renovação e preservação das tendências que favorecem a saúde da nossa democracia.
No dia 30, sairemos de novo de casa para depositar o nosso voto para Presidente da República pelos próximos quatro anos. Tenho fundadas esperanças de que a sociedade brasileira saberá escolher entre a mentira e a verdade, entre a desfaçatez e a sinceridade, entre o bem comum e o bem de uma minoria de exaltados que perderam totalmente a compostura. Deus nos ilumine!