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LULA, AFINADO COM A ESQUERDA RADICAL

LULA, AFINADO COM A ESQUERDA RADICAL

NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE LULA VÊ O BRASIL E O MUNDO PELA LENTE IDEOLÓGICA DA ESQUERDA RADICAL

Lembro que, na campanha presidencial de 2002, alguém perguntou a Lula, no palanque, o que ele era politicamente. O candidato, sem duvidar um instante, respondeu: “Torneiro Mecânico”. A pergunta que hoje formulo à opinião pública brasileira seria a mesma: “O que Lula é, políticamente?” A resposta, vamos ser sinceros, não seria a mesma de 2002. Porque nem torneiro mecânico ele é mais, depois do acidente que lhe ceifou o dedo mindinho da mão esquerda, fato pelo qual o bravo sindicalista se aposentou muito tempo antes da sua aposentadoria normal. Hoje, poderíamos dizer, sem temor de cometer uma injustiça, que Lula é, políticamente, um político afinado com a esquerda radical.

O Professor Olavo de Carvalho (1927-2022) dizia que de Lula poderiam ser feitas muitas críticas, menos a de que enganou alguém. O populista líder sempre deixou bem claro aquilo que ele era, quando falava coisas saídas do fundo do seu coração. Ora, nessas confissões autênticas, Lula declarou que sentia orgulho de ser chamado de comunista. Falou, também, que no seu candidato a Ministro do Supremo, Flávio Dino (1968), ele escolheu um comunista e tem defendido, sem rodeios, ditadores comunistas como Nicolás Maduro (1962-) da Venezuela ou Daniel Ortega (1945-) da Nicarágua. Jamais escondeu da opinião pública a sua simpatia indiscutível pelos ditadores cubanos, a começar pelo falecido Fidel Castro (1926-2016), com quem se orgulha de ter fundado, em 1990, o Foro de São Paulo, que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, num seminário internacional promovido pelo Partido dos Trabalhadores.

Para que não ficassem dúvidas acerca do caráter nitidamente radical de esquerda do atual governo, Lula publicou no Diário Oficial da União, o Decreto que institui o controle de todas as produções informativas que circulam pela rede de computadores, por um Conselho Federal que definirá o que é permitido e o que não pode ser veiculado. Assim reza o cabeçalho do Decreto: “Foi publicado na quarta-feira, dia 27/12, no Diário Oficial da União, o Decreto Nº 11.856, de 26 de dezembro de 2023, que instituiu a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) e o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber). - Decreto que institui a Política Nacional de Cibersegurança é publicado. O decreto institui a Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) e cria o Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber)”.

A jornalista Marlice Pinto Vilela elencou, em artigo publicado na Gazeta do Povo [edição de 31-12-2023] alguns fatos marcantes que escancaram a agenda ideológica no primeiro ano do Lula III. Ora, entre “os acontecimentos que mostram o comprometimento do governo com a agenda ideológica da esquerda” destacaram-se os seguintes, que são agrupados em seis itens:

1 - As reuniões da “dama do tráfico com autoridades do Ministério da Justiça”. Parece que o atual governo decidiu pegar leve com os mega-traficantes, devolvendo quantias que tinham sido tomadas pela Justiça, ou simplesmente lhes entregando de volta quantidades significativas de drogas apreendidas. Uma espécie de “justiça social” para com o crime organizado. As reuniões da tal “dama do tráfico” iriam nesse sentido, de considerar natural uma pessoa do baixo mundo do narconegócio visitar repartições públicas e ter entrevistas com altos funcionários como o Ministro da Justiça.

2 - A apresentação, em evento da pasta da Saúde de um evento erótico de cunho radical. A imprensa noticiou, recentemente que, numa reunião presidida pela Ministra da Saúde, “uma mulher rebolava e levantava a parte de trás do vestido, enquanto outro membro do grupo cantava a música Batcu, de Aretuza Lovi e Valeska Popozuda”. Sem dúvida que uma das finalidades dessa ridícula “apresentação artística”, além, é claro, do polpudo cachê pago com dinheiro do contribuinte, consistiria, como diziam os historiadores acerca das extravagâncias dos revolucionários franceses de 1789, em “épater le Bourgeois” (“escandalizar os Burgueses”).

3 – Nesse mesmo contexto de cutucar com vara curta as elites tradicionais, ofensas a brancos foram proferidas por uma servidora do ministério da Igualdade Racial. Depois de a ministra da Igualdade Racial, Aniele Franco, ter usado um avião da Força Aérea Brasileira para assistir, no Morumbi, à final da Copa do Brasil, em jogo entre o Flamengo (time pelo qual torce a ministra) e o São Paulo, Marcelle Decothé, uma das suas assessoras, “proferiu ofensas contra torcedores brancos do São Paulo” ao postar no seu Instagram: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade... Pior tudo de pauliste”. Marcelle Decothé foi exonerada e está sendo investigada pelo Ministério Público de São Paulo. A opinião pública ainda não recebeu, contudo, explicações convincentes acerca dos gastos efetuados no caro e espalhafatoso “rolê”.

4. A Instalação de banheiros neutros em escolas. Embora o presidente Lula, durante a campanha, tivesse se manifestado repetidamente contra essa ideia, um conselho ligado ao ministério dos Direitos Humanos publicou uma resolução no sentido de exigir a instalação de banheiros unissex em escolas. Segundo a Gazeta do Povo mostrou, “a formação dos participantes do órgão é de responsabilidade do próprio presidente, feita por meio de um decreto”. Não adianta, portanto, Lula tirar o corpo fora. O tal Conselho foi organizado e preenchido por ele.

5. Oposição radical ao agronegócio. Temas tradicionais da esquerda como Ideologia de gênero, oposição ao agro e pautas sindicalistas no Plano de Educação, que abarcam, também, “oposição ao agronegócio em sala de aula, promoção da ideologia de gênero, freio no avanço da educação domiciliar e das escolas cívico-militares” foram incluídos pela Presidência da República e pelo Ministério da Educação, para serem discutidos na etapa nacional da Conferência Nacional de Educação (CONAE)”.

6. Recomendação para legalizar aborto, maconha e tratamento para mudança de sexo aos 14 anos. A respeito, a jornalista Marlice Pinto Vilella escreveu no seu artigo publicado pela Gazeta do Povo: “O Conselho Nacional de Saúde apontou a legalização do aborto e da maconha no Brasil como uma ferramenta para combater as desigualdades estruturais e históricas”.

E assim segue rolando o desfile dos petistas, que gastam quantidades exorbitantes, pondo em prática propostas da esquerda radical. Estamos bem servidos!