Ao longo dos dias 22, 23 e 24 de junho teve lugar, nas dependências da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, o seminário “Independência do Brasil. Pensamento, política e instituições: um olhar luso brasileiro”. O evento foi realizado pela Academia Brasileira de Filosofia, em parceria com a FAPERJ e a Biblioteca Nacional.
O programa desenvolvido foi o seguinte:
(Dia 22 de junho): 1 - Conferência de abertura, “Jesuítas e a construção do Brasil: do Brasil Colônia ao Brasil Independente”, a cargo do Prof. Dr. José Eduardo Franco (Universidade de Lisboa).
2 - Conferência sobre “O Iluminismo no pensamento brasileiro no final do século XVII e seus paradoxos”, a cargo do Prof. Dr. Edgard Leite (Presidente da Academia Brasileira de Filosofia e pesquisador da UNIRIO).
3 - Conferência sobre “A Independência do Brasil na Memória Nacional”, a cargo do Prof. Rafael Nogueira (da Secretaria de Cultura do Governo Federal). Mediador: Prof. Dr. Marcello Duarte.
4 – Conferência sobre “Portugal e Brasil: os labirintos da memória no 1º Centenário de 1922”, a cargo da Profa. Dra. Sara Pereira (Universidade de Lisboa).
5 - Conferência sobre “Fundação, crise e restauração do Brasil nos 200 anos da Independência (1822-2022)”, a cargo do Prof. Dr. Luiz Ramiro (Presidente da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro). Mediadora: Profa. Dra. Claudia Rodrigues.
(Dia 23 de junho): 6 – Conferência sobre “O Comandante Dantas Pereira (1772-1836) no Rio de Janeiro: Teatro de Costumes e Utopia da Linguagem”, a cargo do Prof. Dr. Manuel Curado (Universidade do Minho).
7 - Conferência sobre “Armada Nacional e a Independência do Brasil (1821-1825)”, a cargo do Prof. Dr. Marcelo Gulão (Colégio Naval, Rio de Janeiro). Mediador: Prof. Dr. Edgard Leite.
8 – Conferência sobre “Portugal e Brasil: o que fizemos da Modernidade?”, a cargo do Prof. Dr. Mendo Henriques (Universidade Católica Portuguesa).
9 – Conferência sobre “As bases escolásticas da lógica brasileira no início do século XIX”, a cargo do Prof. Dr. Guilherme Wyllie (da Academia Brasileira de Filosofia e da Universidade Federal Fluminense). Mediador: Prof. Dr. Marcello Duarte.
10 – Conferência sobre “O Brasil como ideário utópico na cultura portuguesa”, a cargo do Prof. Dr. Marcelo Mendes (Universidade Lusófona).
11 – Conferência sobre “A Igreja Católica na construção da Independência Brasileira”, a cargo do prof. Dr. Manuel Rolph (Universidade Federal Fluminense). Mediadora: Profa. Dra. Ana de Melo.
12 – Conferência sobre “Os índios e a independência do Brasil”, a cargo da Profa. Dra. Vânia Moreira Losada (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).
13 – Conferência sobre “Protagonismos indígenas na Independência do Brasil: os levantes, as armas e as Câmaras Municipais”, a cargo do Prof. Dr. João Paulo Peixoto (IFPI).
(Dia 24 de junho). 14 – Conferência sobre “A Escola para Índios no Império: Gonçalves Dias e a etnografia de sala de aula”, a cargo do Prof. Dr. José Ribamar (Universidade do Estado do Rio de Janeiro e UNIRIO). Mediador: Prof. Dr. Edgard Leite.
15 – Conferência sobre “Indígenas no Rio de Janeiro (século XIX)”, a cargo da Profa. Dra. Ana Paula Silva (UERJ).
16 – Conferência sobre “A política indigenista do Império”, a cargo da Profa. Dra. Ana de Melo (Academia Brasileira de Filosofia) e da Historiadora Graduada Laryssa Luz.
17 – Conferência sobre “A formação da Armada Nacional no Processo de Independência do Brasil (1821-1825)”, a cargo do Prof. Dr. Antônio Bartolomeu (Colégio Naval, Rio de Janeiro) e do Prof. Dr. Marcello Duarte (CMRJ). Mediador: Prof. Dr. Marcelo Gulão.
18 – Conferência de Encerramento sobre “Silvestre Pinheiro Ferreira (1769-1846), precursor da Independência do Brasil”, a cargo do Prof. Dr. Ricardo Vélez Rodríguez (Academia Brasileira de Filosofia e ex-Ministro da Educação do Governo Bolsonaro).
19 – Encerramento do Seminário a cargo do Prof. Dr. Edgard Leite (Presidente da Academia Brasileira de Filosofia e Pesquisador da UNIRIO) e do Prof. Dr. Luiz Ramiro (Presidente da Fundação Biblioteca Nacional).
O Seminário “Independência do Brasil: Pensamento, Política e Instituições, Um olhar luso-brasileiro”, como se pode observar na programação que foi desenvolvida, projetou luz valiosa sobre aspectos essenciais da história da nossa Independência. Levando em consideração a seriedade e o pluralismo que ressaltaram em todas as conferências e discussões, sinceramente não entendo a determinação do STF, que estabeleceu a censura sobre a divulgação dos vídeos do evento (até depois das eleições deste ano), no contexto mais amplo da derrubada de todos os vídeos do Governo Federal.
Será tão perigoso, assim, estudar com serenidade e objetividade científica as nossas origens históricas? Pena que esteja prevalecendo um ambiente de controle policial no terreno da divulgação de eventos culturais. Registro aqui o meu veemente protesto.