
SESSÃO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL QUE CASSOU O MANDATO DE DEPUTADO FEDERAL DE DELTAN DALLAGNOL
O Brasil vive uma situação paradoxal após a cassação, pelo TSE, do deputado federal mais votado no Paraná, Deltan Dallagnol. Vivemos num pesadelo científico causado pela omnisciência dos juízes do Tribunal Superior Eleitoral, que passaram a condenar um réu não por atos praticados, mas “que poderia praticar”. Afinal de contas, a cassação de Deltan Dallagnol decorreu desse tipo de interpretação futurista. Não é de hoje que o Brasil é cerceado nos direitos fundamentais dos cidadãos por uma instância jurídica, que se sobrepõe à inteligência normal dos fatos, para praticar a omnisciência. Legisla-se e condena-se para o futuro! Não é à toa que o positivismo marxista criou anarquia por onde passou pelo mundo afora, a começar pela União Soviética, onde os sábios donos do PC condenaram à torta e à direita, terminando por fazer chafurdar as instituições da Rússia, naquilo que passou a se chamar de “o lamaçal”, tal a confusão reinante nesse país, após 70 anos de comunismo positivoide.
O jornalista Alexandre Garcia registrava a sua perplexidade diante de tanto saber encalacrado em previsões pífias, em recente artigo no qual comentava a saia justa que o cientificismo trouxe para os sábios juízes supremos: “Foi uma coisa incrível, um julgamento que demorou um minuto na hora da votação, com base em fatos que ainda poderiam acontecer no futuro, é como em 'Minority Report – A nova lei', filme de Spielberg com Tom Cruise. Descobriam que o sujeito poderia cometer um crime no futuro, então já resolviam antes disso para ele não cometer o crime. Havia diligências contra Dallagnol, muitas queixas contra ele, mas não havia nenhum processo administrativo disciplinar aberto. O ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello disse que está perplexo, que nunca viu uma coisa dessas. Não é justiça, é justiçamento, o que está acontecendo? Não havia nenhuma justificativa; no entanto, cassaram o registro de Dallagnol, depois de um fato consumado. (...). Está tudo completamente fora do quadrado do devido processo legal, tudo isso preocupa muito. A Transparência Internacional se manifestou defendendo Deltan, deputados e senadores também falaram. Enfim, isso aconteceu para talvez transbordar o cálice. Enquanto isso, muitos estão preocupados com o futuro do ex-juiz e senador Sergio Moro, porque parece que há uma motivação de vingança, de revanche. O próprio ministro da Justiça chegou a se manifestar, não sei se fazendo brincadeira ou não, que ele fazia parte dos Vingadores. É o que estamos vivendo” [Alexandre Garcia, “Cassação de Dallagnol pode ser a gota que faltava para o Congresso reagir”. Gazeta do Povo, 18/05/2023].
Só nos resta a nós, cidadãos, fazermos a adequada crítica à causa de tantos males, o cientificismo positivista, que de há muito tempo tomou posse das cabeças de certos juristas e magistrados. Ora, o PT ficou refém dessa sabedoria pífia, que se confunde com o dogmatismo da Vulgata Marxista, em que teimosamente se enraizaram as crenças fundamentais dos membros dessa seita, que desnorteia as cabeças dos esquerdistas de plantão, hoje infelizmente no poder.